Hamilton, Pérez, Schumacher e a dança das cadeiras

A temporada 2012 da F1 não agitada apenas dentro das pistas, fora delas o mercado esquentou e a sexta-feira foi agitada

Habemus ingressum

Finalmente começaram a chegar. Já tem sem noção com os ingressos para o GP do Brasil nas mãos

Comentários sobre o GP de Cingapura

Hamilton quebra e dá a vitória para Vettel; quem agradece é Alonso, terceiro colocado

Calendário 2013

A FIA divulgou as datas dos grandes prêmios da próxima temporada. A novidade é a estreia de Nova Jersey

Monza-1972, dois relatos e a mesma paixão

40 anos do primeiro título de Emerson Fittipaldi

30 de jul. de 2014

O Podium do até breve





O que faz a gente gostar de um esporte específico? Seja ele, futebol, automobilismo, bocha ou capoeira? Vem no sangue? Passa de geração em geração ou você se encanta num amor a primeira vista? Isto até pode ser tema de uma tese de psicologia, mas o que importa para quem ama alguma coisa é a satisfação do tempo gasto praticando ou apreciando a prática do seu vício.

O Grande Prêmio da Hungria nos fez lembrar como é prazeroso a velocidade dos carros, o cheiro de gasolina e borracha queimada no asfalto. A ultima etapa da formula um antes das férias do verão europeu foi feita sob encomenda antes da parada de 4 semanas que se inicia. 

Que corrida fantástica, que emoção nas quase duas horas de pé embaixo em Hungaroring, entre chuva, Safety Cars, batidas, rodada do Vettel, choros on the radio e desculpas de sempre. 

O grande prêmio da Hungria de 2014, é em minha memória a segunda melhor corrida realizada em hungaroring. A Hungria, que foi palco da primeira vitória do Alonso, do Button, do Hill, do acidente do Massa em 2009 e da apertada no muro entre Schumacher e Barrichello em 2010. Mesmo assim,  perde para 1986 onde a maior ultrapassagem de todos os tempos da formula 1 foi realizada.  Aos que não lembram ou não viram segue o video e tenham guardanapos em mãos, caso babem.






A ultrapassagem é um detalhe que não tira o brilho do que de fantástico aconteceu domingo passado.

 O podium mostrou bem o quanto a corrida foi maravilhosa. Dois dos três gênios em atividade estavam no podium fazendo companhia ao vencedor, que deu o segundo passo para se firmar como um ídolo da categoria. 





 Hamilton chegou em terceiro, mas não foi um  terceiro lugar qualquer, alias, é o segundo terceiro lugar vindo lá de trás. Ao todo, na Alemanha e na Hungria, Hamilton fez nada mais nada menos que 50 ultrapassagens. Se os recordistas da temporada são Riccardo e Bottas, já está na hora de as calculadoras começarem a funcionar, pois, o piloto Inglês vem com todo seu talento, garra e postura, faminto pelo seu segundo título mundial. 

Na Hungria, mais uma vez Hamilton mostrou o porquê foi campeão do mundo e garoto prodígio da Mclaren. Ousaram em uma ordem pelo rádio para que ele deixasse seu companheiro Nico Rosberg passar livremente sem esforço. Hamilton não só ignorou, como na ultima volta mostrou bem que pra passar não é só pedir licença. A zebra foi o limite pro Nico. No blog da TSN tem um texto de 2012 falando sobre essa coisa de ordem de equipe,  “Separando homens dos meninos”  onde já falavmos sobre o perfil dos pilotos da Mercedes. Enquanto um chora no rádio, outro brilha na pista. 

Fernando Alonso. O que falar desse mago das pistas. Ainda não o comparo com os maiores, mas Alonso faz a diferencia. Tirando leite de pedra, o príncipe das Astúrias vai fazendo das suas e marcando seu nome na história. Dêem uma carroça com 340 jegues contra um carro com 600 cavalos e o espanhol sempre estará na briga. O segundo lugar com gosto de vitória só veio a abrilhantar sua carreira e deixar seus opositores, aqueles que acham que ele só ganha no patrocínio e no contrato assinado a ter dores de cotovelo. 

E por fim a grande surpresa 2014, o moleque de sorriso largo e nariz que não cabe no capacete, fez mais uma gracinha. A primeira, venceu no Canadá, a segunda, de deixar qualquer um incrédulo, está fazendo o tetra campeão Vettel comer poeira. A terceira, já cravou a segunda vitória no ano. Com seu jeito boa gente, seu sorriso aberto e seu pé direito pesado, o rapaz da terra dos cangurus vai longe, muito longe. 

A corrida que fechou a primeira etapa do campeonato deixou o até breve da categoria com gosto de volta logo. A próxima etapa na Bélgica chegará com várias expectativas e perguntas a serem respondidas. Como será a postura da Mercedes na briga entre seus pilotos? Hamilton e Rosberg ainda farão cena de bons amigos? Riccardo e a Red Bull irão aprontar como Prost e a McLaren em 1986?   Respostas que só na segunda etapa da temporada teremos. 

Por fim, este que vos escreve se despede provisoriamente ou permanentemente do Blog da TSN. Outra vez um ciclo se fecha. Neste segundo período de dois anos, dois meses e sete dias muitas coisas foram escritas e algumas deram corpo em  outros campos. Chegou a hora de uma nova etapa, de um novo projeto.

A nuvem será o cartório.



Por: 

Ávilas Rocha 





23 de jul. de 2014

De rodas para o ar



Poucos são os que perdem tempo lendo o blog da TSN, mas para aqueles que o fazem, vamos em 3 perguntas dizer o que aconteceu nos GP's da Inglaterra e da Alemanha de 2014.


1- Quantas voltas duram uma corrida? Depende. Para uns uma reta e uma curva. Para outros todas as voltas. Já não é a primeira vez, nem será a ultima que acidentes acontecem na primeira volta de uma corrida, mas dessa vez, não vimos alguns colocarem apelidos pejorativos como fizeram com Grosjean e com o Maldonado. Grosjean era o maniaco da primeira volta em 2012, Maldonado é chamado de MALdanado até hoje. E agora? Quem não passa da primeira curva tem qual rótulo? Quem bate 3 vezes consecutivas na primeira volta pode pedir musica no fantástico? Ou é simplesmente Azarado?


Na psicologia, projeção é um mecanismo de defesa no qual os atributos pessoais de determinado indivíduo, sejam pensamentos inaceitáveis ou indesejados, sejam emoções de qualquer espécie, são atribuídos a outra(s) pessoa(s).  Um exemplo de tal comportamento pode ser o de culpar determinado indivíduo por um fracasso próprio. Em tal caso, a mente evita o desconforto da admissão consciente da falta cometida, mantém os sentimentos no inconsciente e projeta, assim, as falhas em outra(s) pessoa(s), ou coisas, ou meios, enfim....  não é a primeira vez que falamos sobre isso, mas se pneus, pit stops, jovens, falhas de freio e afins são desculpas, quem somos nós para dar pitaco.









2- Quantas voltas valem a pena estar no circuito ou na frente da TV para vivenciar este evento? Depende. Depende da expectativa de cada um, mas uma coisa é certa, uma visão impar e imparcial nos mostra corridas fantásticas. Se há um campeonato entre os dois carros da Mercedes, se nosso representante nos frusta (isso não é pior que o zumbido do motor), existem corridas e corridas. Existem brigas como Vettel x Alonso, sanduíches de Kimi, Riccardo e Bottas abusados e outros detalhes Sultis. Basta apenas aos que acompanham a F1 se desprenderem de opiniões moldadas e tendenciosas, incluindo as nossas obviamente. 

3- Quanto tempo você está tão perto da glória mas existe outro com equipamento ou talento melhor que o seu? Pois é, O finlandês Bottas, o espanhol Alonso, o alemão Vettel e o australiano Riccardo devem estar sentindo isso. Correm atrás, brigam, lutam, tentam o máximo, mas são superados constantemente. Os brilhos maiores se devem aos erros dos superiores. E assim, Rosberg, Hamilton e as Mercedes nos mostram o tão quão é lindo e chato o trabalho longinquo e objetivo. O tão quão é torturante e sempre foi, ver isto. Menos é claro para os que gostam de quem está ganhando porque conseguiu realizar o trabalho perfeito.
    
Aos demais só resta admirar a glória dos melhores. 

Por:

Ávilas Rocha